O QUE É?
Amniodrenagem ou amniorredução é a aspiração de líquido amniótico por uma agulha introduzida no útero através do abdome materno. O procedimento tem como objetivo básico, a retirada da quantidade excessiva de líquido amniótico da bolsa. Dessa forma, o volume uterino é reduzido, descomprimindo parcialmente os órgãos abdominais e parede abdominal materna e aliviando a sobredistensão do útero e a pressão sobre o colo uterino.
A figura abaixo demonstra o prodedimento de amniodrenagem:
QUANDO ELA É INDICADA?
Quando o aumento do líquido amniótico, também conhecido como polidramnia, causa desconforto materno intenso pelo aumento rápido e exacerbado do útero – por exemplo: dificuldade para respirar, para se alimentar, impossibilidade de ficar deitada ou de realizar as atividades cotidianas – e o parto ainda não é indicado. Isso pode acontecer em alguns casos de malformações do trato gastro-intestinal, em especial nas obstruções do esôfago ou intestino, malformações cardíacas, do sistema nervoso central, entre outras, incluindo síndromes genéticas.
A amniodrenagem também pode ser uma alternativa de tratamento em casos de síndrome de transfusão feto-fetal com contraindicação a lasercoagulação das anastomoses placentárias.
COMO É REALIZADA?
O procedimento é feito com anestesia local, dentro do centro cirúrgico. Em alguns casos específicos, pode estar indicada a sedação materna.
Sob visão ultrassonográfica, uma agulha é introduzida no útero através do abdome materno, penetrando na bolsa amniótica. A agulha é conectada a um tubo flexível e este, por sua vez, é conectado a um aspirador que promove a retirada do líquido.
O feto é monitorado pela ultrassonografia durante o procedimento, durante todo o procedimento.
No geral são aspirados 2000 a 2500 ml de líquido, em cerca de 30 a 60 minutos.
O procedimento pode ser interrompido antes, caso haja desconforto materno, contrações uterinas, obstrução da agulha ou outras intercorrências.
EXISTE ALGUM PREPARO PARA O PROCEDIMENTO?
Após 24 semanas de idade gestacional, é realizada corticoterapia para promover o amadurecimento dos órgãos fetais, uma vez que o parto pré-termo é uma das complicações possíveis.
Pode ser indicada medicação para inibir possíveis contrações uterinas (tocólise) durante ou após o procedimento.
QUAIS OS RISCOS DE COMPLICAÇÃO?
Complicações podem ocorrer em até 10% dos casos, sendo a rotura da bolsa e o parto pré-termo as mais frequentes. Outras complicações são descolamento prematuro da placenta e corioamnionite (infecção) .
PODE SER NECESSÁRIO REPETIR O PROCEDIMENTO?
A amniodrenagem é um procedimento paliativo, ou seja, não corrige a causa da polidramnia, que pode piorar novamente. Outros procedimentos podem ser programados a depender da velocidade do aumento do volume de líquido, da persistência dos sintomas e da idade gestacional.
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